Por G1 Piracicaba e Região


Delegacia de Defesa da Mulher de Piracicaba — Foto: Fernanda Zanetti/G1

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba (Ipplap) mostra que a maioria das mulheres vítimas de violência em Piracicaba são donas de casa, brancas e têm entre 30 e 40 anos.

O estudo, nomeado de "A Violência Contra a Mulher em Piracicaba", tinha como objetivo traçar o perfil das mulheres vítimas de violência na cidade, perfil do agressor e quantificar os dados por meio das variáveis fornecidas para a pesquisa. Ele foi feito com base em dados coletados entre 2015 e 2019.

A intenção é direcionar as políticas públicas em defesa da mulher vítima de violência e familiares. O estudo foi coordenado pela especialista em marketing digital Renata Mansur.

Os números analisados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Secretaria Municipal de Saúde, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Poder Judiciário, Guarda Civil e Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).

De acordo com Renata, o volume de material analisado foi grande. A Secretaria de Segurança Pública, por exemplo, enviou 47.724 observações e 27 variáveis.

Alguns dados, como nome, não foram liberados em função da lei geral de proteção de dados (Lei nº 13.709/2018). Por isso, o trabalho foi feito com a tipificação dos crimes, idade, localização da moradia do réu e da vítima, entre outras informações.

Perfil

De acordo com a pesquisa, do total de ocorrências analisadas no período, 70% das vítimas são mulheres brancas, 23,1% são pardas, 6,2% pretas e 0,3% amarelas. Já em relação à idade, 30% tem entre 31 e 40 anos. Veja no gráfico.

Idade das vítimas de violência doméstica em Piracicaba (%)
Pesquisa 'Violência contra a mulher em Piracicaba'
Fonte: Ipplap

A idade média da maioria dos agressores, conforme o levantamento do Ipplap, também é de 31 a 40 anos.

Em relação a escolaridade das vítimas, a maior parte estudou até o ensino fundamental (36%) ou ensino médio (34%). A maioria trabalha em casa, cuida dos filhos e exerce atividades informais, como vendas de cosméticos, salgados, doces e bolos.

De acordo com diretor-presidente do Ipplap, Daniel Rosenthal, esse tipo de pesquisa ajudam no monitoramento de ações que estão sendo realizadas para reduzir a violência contra a mulher.

“Analisando os dados e identificando o perfil das vítimas, as medidas reativas podem ser mais assertivas, obtendo assim resultados mais ágeis e eficientes nesse combate”, afirmou

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