Pedro Barros é reprovado em antidoping com derivado de maconha

Astro do skate foi submetido a exame da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) durante o Vert Jam, em janeiro, em Itajaí (SC). CBSk entende que não houve violação às regras

Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro


Principal nome do skate brasileiro na atualidade, Pedro Barros foi reprovado em exame antidoping realizado em janeiro, durante o Vert Jam, em Itajaí (SC). A substância proibida encontrada na urina do atleta de 23 anos foi um derivado de maconha. A informação foi divulgada inicialmente pelo blog Olhar Olímpico do UOL e confirmada pelo GloboEsporte.com. O exame foi promovido pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), autarquia ligada ao Ministério do Esporte, que ainda manifestou-se sobre o caso.

Pedro Barros festejando sua vitória no Rio Bowl Jam — Foto: AGIF

Responsável pela modalidade no Brasil, a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) afirmou que a notificação do doping é de conhecimento da entidade. No entanto, a CBSk lembrou que "não se tratava de uma competição oficial da Confederação e sim um dos grandes eventos particulares de skate realizados no Brasil". Segundo o UOL, outros atletas além de Pedro Barros também foram flagrados, mas seus nomes são mantidos em sigilo.

- Os atletas já possuem advogados constituídos e a Confederação está confiante de que todos continuarão exercendo suas atividades normalmente, pois entende-se não ter havido violação à regra de antidopagem, conforme será demonstrado no curso dos processos. A CBSk atesta que, embora seja um tema novo e ainda não muito difundido no skate, seguirá rigorosamente todas a normas exigidas pelos órgãos competentes de antidopagem em seu circuito nacional - informou a Confederação por meio de nota.

Incluídas recentemente no calendário olímpico, skate e surfe são duas modalidades cujas regras tiveram de ser adaptadas à realidade olímpica e ao controle da Agência Mundial Antidoping (Wada). Por questões financeiras, o skate tradicionalmente nunca teve essa regulação e não fazia controle antidoping em suas competições até então.

Além dessa questão, existe um debate internacional sobre a maconha ser doping ou não. A Wada chegou a elevar consideravelmente o nível mínimo da substância para que um resultado seja considerado analítico adverso em competição. Hoje, esse nível é de180 ng/mL, índice abaixo da quantidade encontrada no exame de Pedro Barros, segundo o UOL.

Procuradoa pelo GloboEsporte.com, o staff do skatista não foi encontrado para comentar o caso. Seis vezes medalhista nos X-Games, Pedro Barros está em Los Angeles para participar de uma competição.