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Projeto gratuito ensina programação a mulheres com foco em negras e trans

O projeto Todas em Tech, da startup social {reprograma}, está com inscrições abertas para turmas no primeiro semestre de 2021

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Por Ludimila Honorato
Atualização:

A startup social {reprograma} está com inscrições abertas, até 5 de fevereiro, para o programa de capacitação Todas em Tech, projeto que visa ensinar programação para mulheres negras e trans, mas permite também a participação de mulheres cisgênero. Entre este ano e o próximo, a meta é impactar 2,4 mil pessoas com oficinas e formar 400 desenvolvedoras em cursos de front-end e back-end, em um total de dez turmas.

O processo seletivo é composto por preenchimento de formulário (neste link), envio de um vídeo de apresentação e participação em oficinas de introdução a HTML e CSS. Esta última etapa é obrigatória na seleção para os cursos online.

Todas em Tech é um projeto da startup social Reprograma que visa ensinar programação para mulheres, principalmente negras e trans. Foto: Unsplash/@wocintechchat

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São 12 oficinas com conteúdos iguais - então basta participar de uma - que ocorrem durante um dia inteiro entre 18 e 21 de fevereiro. As selecionadas iniciarão os cursos em 4 de março, com duração de 18 semanas.

O programa tem como público-alvo mulheres transgênero ou cisgênero, residentes em qualquer região do Brasil e com ensino médio completo. Porém, com o objetivo de ampliar a participação de mulheres negras e trans no setor de tecnologia, o curso atende, preferencialmente, esse perfil e destina, no mínimo, 55% das vagas às negras e 5% às transgênero.

No final das oficinas, as participantes vão desenvolver, com os conhecimentos adquiridos, uma página pessoal para ser enviada a recrutadores ou clientes a fim de estimular a entrada no mercado de tecnologia. Já as alunas formadas nos cursos serão conectadas a empresas do setor, parceiras do Todas em Tech, por meio de uma feira de contratação, a Speed Hiring. Para participar, é preciso se inscrever no site da startup após concluir a formação.

Outra possibilidade de entrar em contato com o mercado de trabalho será uma plataforma de conexão entre programadoras e empregadores, que ainda está em desenvolvimento. A primeira edição do Todas em Tech tem parceria do BID Lab, laboratório de inovação do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento, e de empresas da área de tecnologia, a exemplo de Creditas, Accenture, iFood e Facebook.

Mariel Reyes Milk, CEO da startup, explica que a missão da companhia é levar mais diversidade para o setor de tecnologia, então implementa bootcamps, presenciais e online, desde 2016. Com o apoio do BID Lab, o projeto foi reforçado. "Queremos trazer mulheres, que já são minoria em TI, e a minoria da minoria. Nossos parceiros compartilham dessa missão e estão nesse projeto para nos ajudar não só financeiramente, mas também como mentores, compartilhando a experiência deles, a técnica", diz.

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Mais de 700 mulheres já se formaram por meio da ação da empresa e, atualmente, 50% das professoras são ex-alunos. "Uma mulher negra da periferia que entra em turma nova e vê outra mulher negra como professora, ela se vê identificada. É um espaço de segurança e sororidade", diz Mariel. Segundo a {reprograma}, a taxa de contratação é de 82% no período de seis meses após a conclusão do curso. Ao longo de 2021, serão formadas quatro turmas, duas por semestre. Para mais informações sobre o conteúdo dos cursos, clique aqui.

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