• Sabrina Ongaratto
Atualizado em
bebê; choro (Foto: ThinkStock)

Seu filho já ficou sem ar de tanto chorar? (Foto: ThinkStock)

"Na hora do banho, havia muita preguiça, um sono batendo e aí a manha deu as caras. Chorou e, como se não bastasse, ficou sem ar. Nunca tinha visto meu bebê assim, roxo, se debatendo. Meu Deus! Vai levar um tempo — ou quem sabe toda a eternidade — para eu esquecer aquela cena", conta jornalista Débora Ferreira, mãe do pequeno Igor, 2 anos.

+ Por que choro de recém-nascido não tem lágrimas?

"Conseguimos fazer com que ele voltasse a respirar e ele se acalmou. Imediatamente, ficou vermelho ao redor dos olhos. Ser mãe é 'morder a língua' mil vezes! Sempre achei que as crianças que faziam isso queriam chamar atenção, que faziam propositalmente. Com o Igor, vejo que não. Isso acontecia no hospital, quando ele tinha menos de 1 mês de vida. Quando ele chora muito, acontece. Talvez, seja uma falha mecânica no funcionamento do organismo. Talvez, agora que esteja maior, seja uma dose extra de manha. Só sei que foi um dos dias mais assustadores da minha vida", completa.

Igor chorou tanto que ficou com marcas ao redor dos olhos (Foto: Reprodução Instagram)

Igor chorou tanto que ficou com marcas ao redor dos olhos (Foto: Reprodução Instagram)

De fato, segundo o pediatra Tadeu Fernando Fernandes, da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SP-SP), as crises de perda de fôlego são comuns para algumas crianças. "Tem crianças que são ansiosas e os episódios acontecem desde bebê. Quando são contrariadas ou quando sofrem uma dor muito forte, elas costumam ter uma crise de birra onde prendem voluntariamente a respiração, ficando roxas e duras, como se fosse um espasmo ou uma convulsão, mas não é. Chamamos isso de crise de birra ou espasmo voluntário", explica.

Ele afirma que, nesses casos, os pais devem tentar acalmar a criança. "Os adultos não devem tomar medidas extremas como jogar água fria ou fazer respiração boca a boca. Espere e tranquilize seu filho, pois, da mesma maneira que ele entrou na crise, ele vai sair e se recuperar sozinho. Eu até faço um paralelo nesse caso, como se fosse uma convulsão febril — a criança vai ter a convulsão e vai sair sozinha, sem remédio ou medicamento algum. São crianças muito sensíveis", explica. 

Você já curtiu Crescer no Facebook?