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Varejo

E-commerce cresce em 2020 impulsionado pela pandemia do coronavírus

Pesquisa revela que já existem mais de 1,3 milhão de lojas online no Brasil; pequenos negócios são destaque nesse modo de venda

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Carina Brito
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Oequenos negócios são destaque no crescimento do e-commerce (Foto: Reprodução/Pexels)

O e-commerce está em expansão e já existem mais de 1,3 milhão de lojas online no Brasil. É o que diz a 6ª edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro, mostrando um esforço dos negócios de varejo para não deixar de vender durante a pandemia do novo coronavírus. O monitoramento foi feito pelo BigData Corp junto com a PayPal Brasil.

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“Uma parte desse crescimento é por causa da pandemia, que forçou drasticamente essa digitalização de uma série de empreendedores”, afirma Thiago Chieiri, diretor de negócios da PayPal Brasil.

Os pequenos negócios são um destaque desse modo de venda: 88,7% do total possui até 10 mil visitas por mês. Além disso, as lojas menores que oferecem até 10 produtos correspondem a 76,55% do total. Enquanto isso,12,17% têm de 11 a 100 produtos e 11,28% apresentam mais de 100.

O nível de profissionalismo do negócio também está aumentando e as empresas estão entrando no mercado mais prontas para lidar com os consumidores exigentes, mostram os dados. Com isso, o uso de meio eletrônico para pagamentos também cresceu 5,4% desde o ano passado, e agora está em 55,68%.

São Paulo continua como o estado que concentra a grande maioria dos e-commerces no Brasil, com 58,95% deles. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 6,93%, seguido de Minas Gerais, com 6,2%. De acordo com Thoran Rodrigues, CEO e fundador da BigData Corp, isso acontece também porque grande parte dos clientes estão em São Paulo, então o envio é menos custoso.

Mesmo com o aumento de negócios online, ainda existe um grande problema: a falta de acessibilidade. A pesquisa mostra que apenas 0,06% dos sites são totalmente acessíveis. "Isso não significa que clientes com deficiência não poderão comprar, mas que a experiência não será a mesma para eles", diz Rodrigues.

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Uso de rede sociais

As mídias sociais já são adotadas por 68,63% das lojas online, com o YouTube se consagrando como uma grande tendência de crescimento dentro do e-commerce. Atualmente, a rede social de vídeos está presente em 39,87% das lojas online que utilizam mídias sociais — sua participação era de 32,22% em  2019 — e na segunda colocação entre as plataformas.

Em primeiro lugar está o Facebook, presente em 54,18% dos negócios. Na sequência vêm Twitter (30,45%), Instagram (21,16%) e Pinterest (4,81%).

 Futuro do e-commerce

Apesar de os negócios terem feito essas mudanças para o período de pandemia, isso não significa que o e-commerce sofrerá uma retração quando o comércio abrir totalmente. "Provavelmente, o legado é que mais empreendedores façam isso no futuro", diz Chieiri. "Mesmo os consumidores que experimentaram esse método e desmistificaram o medo que tinham de compras online vão querer continuar." 

Ainda egundo o diretor, as redes sociais aproximam as lojas dos consumidores, então uma herança dessa pandemia também será uma relação muito mais intimista entre clientes e vendedores.

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