Brasil
Group CopyGroup 5 CopyGroup 13 CopyGroup 5 Copy 2Group 6 Copy
PUBLICIDADE

Por Lu Aiko Otta, Valor — Brasília


Em busca de maior velocidade na liberação de mercadorias importadas e exportadas, o Brasil assina no próximo dia 19 acordo com outros 10 países da região para que aduanas reconheçam mutuamente empresas que têm bom histórico de cumprimento de regras e, por isso, merecem tratamento diferenciado, mais rápido, para suas cargas.

A expectativa é também avançar nos entendimentos com os Estados Unidos para assinar o mesmo tipo de compromisso, disse ao Valor o subsecretário de Aduana e Comércio Exterior, Fausto Vieira Coutinho. A facilitação do comércio é um dos principais itens da agenda bilateral.

Além do Brasil, o acordo regional envolverá Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. Com ele, empresas que têm tratamento expresso aqui terão desembaraço rápido também nos demais países signatários.

No Brasil, empresas que têm esse perfil de boas cumpridoras de regulamentos integram o programa Operador Econômico Autorizado (OEA). Essas companhias conseguem despachar uma carga importada por via marítima em 26 minutos, contra 28 horas para as demais. Uma importação por via aérea é desembaraçada em 21 minutos para um OEA e 14 horas para as demais. Se a carga chegar por rodovia, é despachada em 4 minutos no OEA e em 7 horas para os demais.

Brasil assina no próximo dia 19 acordo com outros 10 países da região para acelerar liberação de mercadorias importadas e exportadas — Foto: Ana Paula Paiva/Valor artigo para Violeta
Brasil assina no próximo dia 19 acordo com outros 10 países da região para acelerar liberação de mercadorias importadas e exportadas — Foto: Ana Paula Paiva/Valor artigo para Violeta

Dados do Balanço Aduaneiro de 2021, divulgado esta semana pela Receita Federal, mostram que no ano passado apenas 0,32% das cargas de exportação dos OEA passaram por fiscalização. Para os que não são OEAs, as cargas fiscalizadas chegaram a 1,12%, uma quantidade 3,5 vezes maior. Nas importações, 0,73% das cargas dos OEA foram selecionados para fiscalização, enquanto nas demais empresas foram 3,96%.

O desembaraço rápido é um estímulo a que as empresas mantenham a conformidade, disse Coutinho. O objetivo é oferecer cada vez mais vantagens. A quantidade de OEAs passou de 5 em 2014 para 494 em 2021. Esse grupo de empresas respondeu por 26,32% de toda a corrente de comércio brasileira no ano passado.

Em 2021, de acordo com o Balanço Aduaneiro, houve aumento de 18,5% na quantidade de operações em comércio exterior. A publicação mostra ainda que, apesar da forte queda do número de viajantes internacionais em 2021 na comparação com 2020 (4,9 milhões ante 6,8 milhões), um número maior de pessoas apresentou espontaneamente a declaração de bens. Foram 11.089, contra 7.000 em 2020.

Para Coutinho, esse comportamento decorre de uma maior percepção de risco de o viajante ser fiscalizado. O Brasil tem um dos programas mais avançados do mundo na seleção de passageiros, com uso de algoritmos e reconhecimento facial, informou.

As mercadorias declaradas em aeroportos internacionais no ano passado somaram R$ 363 milhões, o que deu base ao recolhimento de R$ 15,7 milhões em impostos e multas. Já os créditos tributários gerados pela fiscalização de passageiros que optaram pelo canal “nada a declarar” somaram R$ 38,9 milhões.

Mais recente Próxima Embaixador de Belarus pede empenho do Brasil contra bloqueio a fertilizantes

Agora o Valor Econômico está no WhatsApp!

Siga nosso canal e receba as notícias mais importantes do dia!

Mais do Valor Econômico

Barril do petróleo Brent chegou a subir cerca de 4% após as primeiras notícias sobre o ataque de Israel ao Irã

Agentes aguardam novas declarações de Campos Neto e de dirigente do Fed, além de monitorar conflito no Oriente Médio

PEC dos Quinquênios é mais uma demonstração da falta de senso dos donos do poder

Ninguém aguenta mais privilégios para a elite togada

Os resultados foram impulsionados por maior adição de clientes e aumento nas contribuições de pequenas e médias empresas

Pluxee eleva metas para o ano fiscal após aumento nas receitas e lucratividade

Ações da empresa caíram 13% neste ano, em comparação com um aumento de 5% no S&P 500

Diretor-presidente da Apple, Tim Cook, e outros executivos vendem ações, que   estão caindo

A empresa manterá execução dos contratos de gestão e administração dos galpões vendidos

Log CP vende galpões para fundo do BTG por R$ 509,7 milhões

Empresa terminou o primeiro trimestre com 478,4 mil vagas, crescimento líquido de 37 mil vagas e alta de 8,5% sobre o mesmo período de 2023

Estapar tem receitas de R$ 365,6 milhões no 1º trimestre, alta de 21%

Abertura para um acordo entre as empresas é indicação de que há disposição dos acionistas de grandes líderes do varejo em colocar empecilhos de lado e tentar buscar um caminho comum para perpetuar os negócios

Análise: Fusão que tinha ‘chance zero’ de sair enfrentará desafio dos DNAs diferentes de Petz e Cobasi

Gigante industrial francesa uniria seus negócios de software com os da Bentley, que permaneceria com capital aberto e ações em bolsa

Schneider Electric negocia aquisição da Bentley Systems em operação que pode superar US$ 15 bi

Cerca de metade do aumento anual da receita resultou do negócio submarino Aker

SLB tem alta de 14% no lucro líquido no 1º tri, para US$ 1,07 bilhão, em linha com projeções

Empresa aumentou projeção de lucro por ação ajustado no ano fiscal

Procter & Gamble tem lucro de US$ 3,75 bi no 3º tri fiscal, alta de 11% na comparação anual