A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira mais uma operação mirando irregularidades no uso de recursos públicos para ações de combate à pandemia do novo coronavírus. A ação investiga a compra de 150 respiradores pela Prefeitura de Fortaleza.
Além da PF, participam da operação a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).
As investigações apontaram a existência de indícios de conluio entre empresas, de sobrepreço dos equipamentos, de contratação de empresa sem capacidade para entrega e de pagamentos antecipados sem exigência de garantia.
Os contratos investigados, promovidos pela Secretaria de Saúde de Fortaleza, e pelo Instituto Dr. José Frota (IJF), hospital da rede municipal, somam R$ 34,7 milhões, dos quais foram pagos antecipadamente o valor de R$ 22,1 milhões.
As análises de preços sinalizam potencial prejuízo financeiro de até R$ 25,4 milhões.
De acordo com a CGU, a Secretaria de Saúde de Fortaleza alegou em sua justificativa para a aquisição emergencial a convivência diária com uma demanda de aproximadamente 100 pacientes em fila de espera para internação em UTI.