Operação da PF mira irregularidades na compra de respiradores em Fortaleza

As análises de preços sinalizam potencial prejuízo financeiro de até R$ 25,4 milhões

Por Murillo Camarotto, Valor — Brasília


A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira mais uma operação mirando irregularidades no uso de recursos públicos para ações de combate à pandemia do novo coronavírus. A ação investiga a compra de 150 respiradores pela Prefeitura de Fortaleza.

— Foto: Divulgação/Polícia Federal

Além da PF, participam da operação a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).

As investigações apontaram a existência de indícios de conluio entre empresas, de sobrepreço dos equipamentos, de contratação de empresa sem capacidade para entrega e de pagamentos antecipados sem exigência de garantia.

Os contratos investigados, promovidos pela Secretaria de Saúde de Fortaleza, e pelo Instituto Dr. José Frota (IJF), hospital da rede municipal, somam R$ 34,7 milhões, dos quais foram pagos antecipadamente o valor de R$ 22,1 milhões.

As análises de preços sinalizam potencial prejuízo financeiro de até R$ 25,4 milhões.

De acordo com a CGU, a Secretaria de Saúde de Fortaleza alegou em sua justificativa para a aquisição emergencial a convivência diária com uma demanda de aproximadamente 100 pacientes em fila de espera para internação em UTI.

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