Família Muda Tudo O melhor blog sobre família, pais e filhos, maternidade, enxoval de bebe, vida em Orlando

Aleppo: crianças no meio de uma guerra

aleppo

Aleppo, Síria

Aleppo: o nome dessa cidade da síria não sai do meu pensamento. Fica martelando dia e noite. As imagens das crianças no meio da guerra da Síria me dóem. Ver pequenos sendo resgatados ou abraçados a parentes mortos me faz perder a fé na humanidade, me faz temer pelo mundo que vamos deixar pros nossos filhos. Me faz chorar.

Milhares de civis permanecem presos em meio ao que é descrito por um porta-voz da ONU como “a completa destruição da humanidade”. Dá pra imaginar o que é isso? Eu não consigo, minha mente não alcança. Juro. É muito horror junto.

Guerra e crianças

Estive no Haiti a trabalho em 2008. O país estava mergulhado numa guerra civil. Minha equipe e eu só andávamos pelas ruas acompanhados pelos militares brasileiros que faziam parte da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). Colete e capacete a prova de balas eram nosso figurino. Homens armados andavam ao nosso redor 100% do tempo.

 

Mesmo assim o que mais me marcou não foi o medo. Foram as crianças que encontrei por lá. Principalmente num dos lugares mais miseráveis e tristes que tive a oportunidade de conhecer na vida: Cite Soleil. Aqueles olhares tão sem esperança, aquela falta de tudo, aquele desamparo nunca mais saíram da minha memória.

Mesmo assim, por onde eu andava com os militares, sempre fui recebida com sorrisos pelos haitianos (que amam os brasileiros). Um povo tão sofrido, tão judiado e que ainda consegue ter tanto amor no coração. Essa foi uma das experiências mais devastadoras da minha vida.

Por tudo isso, desde ontem de manhã não consigo fazer outra coisa a não ser pensar nas crianças de Aleppo, rezar por elas. Imaginar que elas estão em meio a bombardeios sem entender nada, sem ter como se proteger, tendo que fugir das casas onde moram deixando tudo pra trás e se arriscando a todo tipo de barbárie. Vendo corpos no caminho, perdendo parentes, vendo mortes. Meu Deus. Que dor. Que tristeza. Quanta desesperança. Se alguém souber como posso ajudar, além de pedir a Deus para olhar por eles, me avise por aqui ou pelo meu email: patrícia@patriciamaldonado.com

 

Sair da versão mobile