Pedido de impeachment de Trump é apresentado no Congresso

Com apresentação formal, começa a correr prazo de 24 horas para que o processo de afastamento do presidente seja iniciado no Congresso

11 jan 2021 - 12h33

A bancada democrata na Câmara dos Estados Unidos apresentou formalmente um pedido de impeachment do presidente Donald Trump às 11h (12h em Brasília) desta segunda-feira, 11. A partir de agora começa a correr o prazo de 24 horas e amanhã, neste horário, os parlamentares abrir o processo de impeachment contra o presidente.

Presidente dos EUA, Donald Trump
06/01/2021
REUTERS/Jim Bourg
Presidente dos EUA, Donald Trump 06/01/2021 REUTERS/Jim Bourg
Foto: Reuters

No pedido, os parlamentares acusam Trump de "incitação à insurreição" por seu papel no movimento que culminou com a invasão do Capitólio na semana passada. Também são mencionadas as denúncias infundadas de Trump sobre fraude eleitoral, a convocação de sua base aliada para protestos no dia 6 de janeiro em Washington e o discurso incentivando os apoiadores antes da invasão do Congresso.

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"Em tudo isso, o presidente Trump colocou em risco a segurança dos Estados Unidos e de suas instituições governamentais", diz a resolução. "Ele ameaçou a integridade do sistema democrático, interferiu na transição pacífica de poder e pôs em perigo um dos Poderes. Com isso, ele traiu sua confiança como presidente, para prejuízo manifesto do povo dos Estados Unidos."

A resolução é o primeiro passo dos democratas para realizar uma votação de impeachment ainda nesta semana, antes do fim do mandato de Trump.

No domingo, 10, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, havia afirmado estar pronta para iniciar o processo de impeachment contra o presidente - que seria o segundo a ser aberto. De acordo com Pelosi, o pedido só não seria apreciado se Trump renunciasse ao cargo nos próximos dias.

Outra opção de afastamento do presidente é se o próprio gabinete do presidente pode afastá-lo acionando a 25ª emenda da Constituição dos EUA e declarando o Trump como inapto à permanência no cargo. Isso, no entanto, dependeria de uma atuação direta do vice-presidente, Mike Pence.

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