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Mulheres vencem insegurança, viajam sozinhas e trazem muitas histórias na bagagem

A principal dica para quem quer se aventurar é planejar bem o roteiro

29 JUL 2019 • POR Maressa Mendonça • 16h00
Mariane Neiva durante viagem a Maresias (SP) - Arquivo Pessoal

Uma certa insegurança é até normal para mulheres que nunca viajaram sozinhas, mas parece ser uma experiência muito válida porque a maioria delas repete quando possível. A principal dica para aproveitar cada instante é: planejamento. E isso vale também para homens e viagens em grupo. 

A doutoranda em Ciência da Computação, Mariane Barros Neiva, de 28 anos, é uma das que gosta de viajar sozinha. A primeira viagem foi no ano passado, quando ela teve de participar de um Workshop no interior da França e acabou aproveitando para conhecer as cidades de Paris e Lyon. Além da preocupação com orçamento teve a de andar sozinha em locais desconhecidos. Mas a experiência foi boa e pouco depois ela viajou para Maresias, no litoral paulista, para aproveitar um feriado. 

“Foi uma experiência maravilhosa! O hostel também era agência de turismo e uma trilha estava inclusa na hospedagem. No meio da trilha surgiu um rapel que eu não estava preparada psicologicamente pra fazer, mas fui e foi uma das coisas mais legais que eu fiz”, lembra Mariane. 


A advogada Nayanne Oliveira, de 29 anos, fez a primeira viagem sozinha em julho de 2016, para Toronto no Canadá. De lá para cá foram outras sete viagens. Ela é de Maceió e recentemente veio até Mato Grosso do Sul para conhecer Bonito (MS). Segundo, a primeira viagem e esta última para o Estado estão entre as mais marcantes. “A primeira porque tive contato com uma cultura diferente. Já Bonito é um  lugar lindo e cheio de pessoas acolhedoras”, comentou. 

Tanto Mariane quanto Nayanne são unânimes em falar sobre a importância do planejamento para as viagens, especialmente para quem vai sozinho. Saber o itinerário, pesquisar os costumes do local e se hospedar em um local próximo das atrações ou passeios são algumas das dicas da advogada. "Todas essas informações fazem você se sentir mais segura", diz. “Use e abuse da internet para montar roteiros e faça algo específico para você”, completa Mariane. 

Sobre o resultado das experiências, para Mariane se trata também de um processo de autoconhecimento. “Você percebe o que gosta de fazer e como gosta de fazer”. Isto inclui muito pedido de ajuda para estranhos e saber organizar o tempo e o dinheiro. “Acho que a melhor parte é se sentir capaz. Viajar sozinha é quase um grito de liberdade. Nos dá uma sensação de poder que muitas vezes nos é tirada no dia a dia. E ao voltar pra casa, estamos com certeza mais fortes do que fomos”. 

Declaração semelhante foi dada por Nayanne. “A experiência que trago em viajar sozinha é saber me virar. Sensação de liberdade ao poder escolher o que fazer ou não fazer. Também é muito bom para conhecer pessoas. Às vezes indo acompanhada  a gente faz os programas só com o grupo e não se abre muito para novas amizades”.