Dino Crisis era um 'Resident Evil com dinossauros' que merecia remake

Imagine uma aventura em uma ilha repleta de dinossauros sedentos por sangue, cuja única forma de escapar é sobreviver com pouca munição. Essa é a ideia de Dino Crisis, um dos melhores jogos de ação da era 32 bits e que foi esquecido pela Capcom.

Por Felipe Vinha; Para O TechTudo


Imagine uma aventura em uma ilha repleta de dinossauros sedentos por sangue, cuja única forma de escapar é sobreviver com pouca munição. Essa é a ideia de Dino Crisis, um dos melhores jogos de ação da era 32 bits e que foi esquecido pela Capcom.

Dino Crisis (Foto: Divulgação) (Foto: Dino Crisis (Foto: Divulgação)) — Foto: TechTudo

Sucesso imediato

Assim que começaram a surgir as primeiras imagens de Dino Crisis, os jogadores criaram uma enorme expectativa em torno do game. Além de um enredo que nos remete a uma espécie de Jurassic Park repleto de ação e sangue, o jogo foi desenvolvido sob comando de Shinji Mikami, criador de Resident Evil – jogo que na época já alcançava o auge da sua popularidade.

Dino Crisis chegou às prateleiras japonesas em 1999 e superou todas expectativas. Com uma jogabilidade praticamente idêntica à de Resident Evil – com suas câmeras e miras fixas –, não demorou para que os fãs da franquia de terror trocassem os zumbis pelos dinossauros.

Dino Crisis 2 (Foto: Divulgação) (Foto: Dino Crisis 2 (Foto: Divulgação)) — Foto: TechTudo

Você contra os dinos

O enredo conta a história de Regina, uma agente que precisa viajar com seu grupo para uma ilha isolada atrás de Dr. Kirk, um médico que todos achavam estar morto. Chegando lá, a equipe encontra um local repleto de dinossauros que, graças a uma espécie de portal do tempo, foram transportados para os dias atuais. Embora pareça manjada, a história do jogo se encaixa muito bem, com direito a até três finais diferentes – que divergem de acordo com as suas ações durante a campanha.

Entretanto o que agrada mesmo é o modo com que você combate os dinos. Se você acha que o armamento pesado vai lhe salvar, saiba que, em diversos momentos – principalmente em combates contra o poderoso T-rex –, as armas não surtem qualquer efeito, por isso, a única maneira de sobreviver é correr!

E quando tudo parecia complicado o bastante, para sua surpresa a grande maioria do armamento se baseia em dardos atordoantes. Portanto, quando você pensa que finalmente se livrou daquele velociraptor chato, saiba que ele está apenas tirando um soneca e pode despertar a qualquer momento.

Dino Crisis (Foto: Reprodução) — Foto: TechTudo

Sequências e o esquecimento total

Diante do sucesso de vendas e críticas, era inevitável uma sequência do jogo. E um ano depois, em 2000, a Capcom lançou em terras nipônicas Dino Crisis 2. Com praticamente a mesma mecânica do título anterior e gráficos mais realistas, o game obteve a mesma resposta positiva e foi considerado por muitos como o melhor da franquia.

Os consoles evoluíram e em 2003 a Capcom lançou, exclusivamente para o Xbox, Dino Crisis 3. Ao contrários dos outros títulos, o jogo foi um verdadeiro fiasco de venda. Muito deve-se ao fato da exclusividade a um console que ainda não possuía tanta popularidade quantos os rivais PlayStation 2 e Nintendo Game Cube.

Os fãs também não pouparam críticas à qualidade do jogo. A começar pelo enredo espacial, que se baseia em uma investigação em Júpiter que pode ter aberto novamente o portal do tempo. E se a viagem é em outro planeta, novas naves e máquinas são usadas para combater os dinos (?!). Ainda precisamos de mais motivos para justificar a recusa dos fãs?

Dino Crisis 3 (Foto: Divulgação) (Foto: Dino Crisis 3 (Foto: Divulgação)) — Foto: TechTudo

Abandonado pela Capcom

Se a frustração do último título da franquia foi o grande motivo, não sabemos. Só podemos afirmar que a franquia foi esquecida pela Capcom. Regina – a protagonista do primeiro jogo – até apareceu em outros jogos da franquia, mas nunca ganhou outro jogo da série.

E em uma geração repleta de remakes, Dino Crisis poderia facilmente entrar nessa fila. Mesmo sendo um jogo de PSOne, um tapa no visual e adaptações na jogabilidade agradariam a gregos e troianos – vale lembrar que o game está entre os títulos clássicos vendidos na PSN.

Mas o que queremos mesmo é um jogo totalmente novo. Para quem conferiu o final de Dino Crisis, sabe que há uma grande brecha para uma continuação direta do título. E mesmo que não faça sentido, pouco importa. Queremos apenas detonar os dinos!

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