CIDADES

Carro pode ter vidro mais escuro

Resolução do Contran diminui transparência mínima permitida na parte traseira dos veículos

Por IGOR VEIGA
Publicado em 21 de novembro de 2007 | 20:32
 
 
 
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O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) divulgou ontem novas regras para o uso de películas (os insulfilms) nos carros em todo o país. As resoluções 253 e 254 publicadas nessa quarta-feira tratam respectivamente do uso de equipamentos para fiscalização das películas e dos índices mínimos de transmissão luminosa que os vidros devem ter. A principal mudança é sobre o percentual de visibilidade permitido nos vidros traseiros dos automóveis. Com a resolução, o nível mínimo de luminosidade permitida nesses vidros caiu de 50%para 28%, ou seja, eles poderão ser mais escuros.

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estudos técnicos do órgão comprovaram que o maior escurecimento dos vidros traseiros não interfere na dirigibilidade segura, uma vez que o motorista pode se orientar com o auxílio dos retrovisores. Em relação aos vidros dianteiros, não houve alterações. No pára-brisa, o índice permanece em 75% e nos vidros laterais, 70%.

As normas do Contran também trazem uma novidade sobre a fiscalização. Até então, a averiguação obrigatória sobre as películas era feita por meio da chancela, ou seja, o insulfilm era aprovado pelo próprio percentual de visibilidade indicado pelo fabricante. A partir de agora, segundo o Denatran, a fiscalização será mais rigorosa e feita por meio de um novo equipamento chamado medidor de transmitância luminosa - aprovado pelo Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Quem for flagrado utilizando películas em desacordo com as normas cometerá infração grave. Além de receber multa de R$ 127,69, o motorista vai perder cinco pontos na carteira e o veículo ficará retido. As novas resoluções também determinam para as montadoras que os veículos saiam da fábrica com o pára-brisa feito de vidro laminado. Quando quebra, tal produto mantém os cacos presos a uma película protetora que envolve o vidro, reduzindo o risco de ferimentos aos ocupantes. Os outros vidros do carro devem ser temperados. As montadoras também não podem mais vender carros com o insulfilm de fábrica, ficando a instalação a critério do cliente. O Contran proibiu a aplicação de películas refletivas (espelhadas).

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