Joaquim Silva e Luna

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Joaquim Silva e Luna
Joaquim Silva e Luna
Joaquim Silva e Luna
39.º Presidente da Petrobras
Período 16 de abril de 2021 até 28 de março de 2022
Presidente Jair Bolsonaro
Antecessor(a) Roberto Castello Branco
Sucessor(a) José Mauro Ferreira Coelho
Diretor-geral da Itaipu Binacional
Período 26 de fevereiro de 2019 até 7 de abril de 2021
Presidente Jair Bolsonaro
Antecessor(a) Marcos Vitorio Stamm
Sucessor(a) João Francisco Ferreira
11.º Ministro da Defesa do Brasil
Período 26 de fevereiro de 2018 até 1° de janeiro de 2019
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Raul Jungmann
Sucessor(a) Fernando Azevedo e Silva
Dados pessoais
Nascimento 29 de dezembro de 1949 (74 anos)
Barreiros, Pernambuco
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Academia Militar das Agulhas Negras
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
Partido REP (2023-2024)
PL (2024-atualidade)
Profissão militar
Serviço militar
Lealdade  Brasil
Serviço/ramo Brasão do Exército Brasileiro Exército Brasileiro
Anos de serviço 1969–2014
Graduação General de Exército
Comandos
Condecorações

Joaquim Silva e Luna GCMM (Barreiros, 29 de dezembro de 1949) é um general de exército da reserva do Exército Brasileiro filiado ao PL[2], que foi ministro da Defesa entre 26 de fevereiro de 2018 e 1 de janeiro de 2019. Foi diretor-geral da Itaipu Binacional e presidente da Petrobras entre 16 de abril de 2021 a 28 de março de 2022.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Joaquim Silva e Luna nasceu em Barreiros em 29 de dezembro de 1949,[3] cidade situada a cerca de 100 km de Recife.

Antes de se incorporar às fileiras do Exército, estudou na Escola Agrotécnica Federal de Barreiros-PE, de 1962 a 1968.[4]

Carreira militar[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira militar em 10 de fevereiro de 1969, na Academia Militar das Agulhas Negras, onde se graduou aspirante a oficial da arma de engenharia em 16 de dezembro de 1972.[5]

Foi promovido ao posto de 2º tenente em 31 de agosto de 1973 e a 1º tenente em 31 de agosto de 1975. Nesse período, realizou o Curso de Oficial de Comunicações, na Escola de Comunicações, em 1976 e o Curso de Guerra na Selva, no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em 1979.

Promovido a capitão em 31 de agosto de 1978, cursou o mestrado em Operações Militares, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais em 1981.[5]

Nessa fase de sua vida, trabalhou muitos anos no Departamento de Engenharia e Construção do Exército.

Oficial superior[editar | editar código-fonte]

Foi promovido a major em 31 de agosto de 1985. Realizou o Curso de Comando e Estado-Maior, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército nos anos de 1987 e 1988, tornando-se Doutor em Ciências Militares.[6]

Promovido a tenente-coronel em 30 de abril de 1990, foi membro da Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai e Assessor de Engenharia entre 1992 e 1994.

Ascendeu ao posto de coronel em 30 de abril de 1995 e comandou o 6º Batalhão de Engenharia de Construção, em Boa Vista-RR, de janeiro 1996 a janeiro de 1998. Em seguida, realizou o curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército na ECEME.[6]

Foi adido de Defesa, Naval, do Exército e Aeronáutico em Israel, de 1999 a 2001,[5] período em que fez cursos de Combate Básico das Forças de Defesa de Israel.

Oficial general[editar | editar código-fonte]

Foi promovido a general de brigada em 31 de março de 2002 e designado Comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé-AM, de 2002 a 2004.

Em seguida, foi Diretor de Patrimônio de 2004 a 2006, sendo promovido ao posto de general de divisão em 31 de março de 2006.

Chefiou o Gabinete do Comandante do Exército entre 2007 e 31 de março de 2011, quando foi promovido a general de exército.

No último posto da carreira, foi Chefe do Estado-Maior do Exército, entre 10 de maio de 2011 e 10 de abril de 2014,[7] quando foi transferido para a reserva.

Admitido à Ordem do Mérito Militar em no grau de Cavaleiro ordinário em 1996, foi promovido a Oficial em 2000, a Comendador em 2002, a Grande-Oficial em 2006 e a Grã-Cruz em 2011.[8][9][10][11][1]

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

O General Silva e Luna possui mestrado em Operações Militares e doutorado em Ciências Militares. É ainda pós-graduado em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, e em Projetos e Análise de Sistemas pela Universidade de Brasília.[12][13]

Vida na reserva[editar | editar código-fonte]

Logo após sua passagem para a inatividade, foi designado Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa.[14] Em 26 de outubro de 2015, foi designado Secretário-Geral do Ministério.[15]

Foi o primeiro militar a ocupar o Ministério da Defesa desde a sua criação em 1999,[16] sendo a 11a. pessoa a ocupar o cargo. Ocupou o cargo interinamente de 26 de fevereiro a 12 de junho de 2018, quando foi efetivado na função.[17]

Em 2 de janeiro de 2019, transmitiu o cargo ao general de Exército Fernando Azevedo e Silva, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Despediu-se com um discurso no qual defendeu o trabalho de sua pasta. Elogiou sua equipe, que seria uma seleção da Copa de 1970 de amigos. Disse que "nesse mundo volátil, é preciso ter valores sólidos, pois vemos instituições destruídas pela falta de Deus".[18]

No dia 17 de janeiro de 2019, foi anunciado como novo diretor-geral da Itaipu Binacional, hidrelétrica que pertence ao Brasil e ao Paraguai e responde por 15% da energia consumida pelos brasileiros.[19] No dia 26 de fevereiro, tomou posse no cargo e afirmou estar "de olho" nos gastos da estatal.[20][21]

Como diretor-geral da Itaipu Binacional, gerou, através de medidas de austeridade, uma economia de mais de 600 milhões de reais em oito meses de gestão, investindo recursos da usina hidrelétrica em obras estruturantes como a Ponte da Integração Brasil-Paraguai.[22][23][24]

Em 19 de fevereiro de 2021, foi indicado à presidência da Petrobras pelo presidente da República Jair Bolsonaro, cuja oficialização depende da aprovação pelo Conselho de Administração da estatal.[25] O Conselho tem onze membros, entre eles dois militares da reserva e o presidente Roberto Castello Branco, cujo mandato se encerrou em 20 de março de 2021. Antes desta data, Luna não poderia assumir o cargo.[26]

Em 16 de abril de 2021, foi confirmado no cargo de presidente da Petrobras,[27][3] onde permaneceu por quase um ano, tendo sido demitido em 28 de março de 2022, em meio a uma crise devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que contribuiu para a uma expressiva alta nos preços dos combustíveis.[28] Recebeu no dia 31 de maio de 2022 o título de Cidadão Honorário do Paraná.[29]

Em 2023, filiou-se ao Republicanos, para disputar a prefeitura de Foz do Iguaçu.[30] Em 2024, transferiu-se para o Partido Liberal.[31]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 18 de abril de 2011.
  2. «General pré-candidato a prefeito de Foz atende convocação de Bolsonaro para se filiar ao PL - Não viu?». 1 de abril de 2024. Consultado em 1 de abril de 2024 
  3. a b «Petrobras elege o general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da companhia». InfoMoney. 16 de abril de 2021. Consultado em 11 de novembro de 2021 
  4. itaipu.gov.br - pdf
  5. a b c «Ministro da Defesa». Site do Ministério da Defesa. Consultado em 17 de abril de 2018. Arquivado do original em 29 de dezembro de 2018 
  6. a b Quem é Joaquim Silva e Luna, general indicado por Bolsonaro para assumir a Petrobras
  7. «Antigos Chefes do EME». Consultado em 16 de novembro de 2021 
  8. BRASIL, Decreto de 28 de março de 1996.
  9. BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.
  10. BRASIL, Decreto de 11 de abril de 2002.
  11. BRASIL, Decreto de 26 de abril de 2006.
  12. «Análise: Primeiro militar a comandar a Defesa em 20 anos». DefesaNet. Consultado em 8 de fevereiro de 2019 
  13. «Ex-ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna assumirá direção-geral da Itaipu Binacional». G1. Consultado em 8 de fevereiro de 2019 
  14. «Ministro da Defesa». Site do Ministério da Defesa. Consultado em 18 de abril de 2018. Arquivado do original em 29 de dezembro de 2018 
  15. «General Joaquim Silva e Luna é o novo secretário-geral do Ministério da Defesa». Assessoria de Comunicação Social (Ascom), Ministério da Defesa. Consultado em 18 de março de 2018 
  16. Novo ministro da Defesa é apontado como especialista em combate urbano General Joaquim Silva e Luna também tem experiência em confronto na selva. G1. Acesso em 6 de março de 2018.
  17. «Diário Oficial da União de 13 de junho de 2018». JusBrasil. Consultado em 18 de junho de 2018 
  18. «Folha de S.Paulo, 3 de janeiro de 2019» 
  19. «Folha de S.Paulo, 18 de janeiro de 2019» 
  20. «Agência Brasil, 26 de fevereiro de 2019» 
  21. «Valor Econômico, 26 de fevereiro de 2019» 
  22. Em oito meses, gestão Silva e Luna gera economia de mais de R$ 600 milhões na Usina de Itaipu - Revista Exame
  23. PODER360 (21 de fevereiro de 2021). «Governador do Paraná diz que general Silva e Luna irá revolucionar a Petrobras». Poder360. Consultado em 22 de dezembro de 2023 
  24. Quem é Joaquim Silva e Luna, indicado por Bolsonaro para a presidência da Petrobrás - Estadão
  25. «Bolsonaro anuncia indicação de general Joaquim Silva e Luna para assumir presidência da Petrobras». G1. Consultado em 19 de fevereiro de 2021 
  26. «Conselho da Petrobras é formado em sua maioria por nomes escolhidos pelo governo». Jornal Nacional. Portal G1. 20 de fevereiro de 2021 
  27. «Conselho confirma General Silva e Luna na presidência da Petrobras». Amazonas atual. 16 de abril de 2021 
  28. «Por que Silva e Luna foi demitido da Petrobras e o que isso muda nos preços dos combustíveis». Portal g1. 28 de março de 2022 
  29. «General Silva e Luna é cidadão Honorário do Paraná». Assembleia Legislativa do Estado do Paraná. 31 de maio de 2022. Consultado em 6 de junho de 2022. Cópia arquivada em 6 de junho de 2022 
  30. Vinícius, Caio (10 de junho de 2023). «Ex-presidente da Petrobras se filia ao Republicanos». Poder360. Consultado em 11 de junho de 2023 
  31. «General Silva e Luna, pré-candidato a prefeito de Foz, confirma que vai para o PL». 29 de março de 2024. Consultado em 2 de abril de 2024 

Precedido por
Marius Teixeira Netto

65º Chefe do Estado-Maior do Exército

2011 – 2014
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