Band - Artes - 7° B - Grupo 1

4° Bimestre 2010















MASP - Museu de Arte de São Paulo - Assis Chateaubriand

domingo, 9 de maio de 2010

BIOGRAFIA DE ANTÔNIO GOMIDE

Fotografia de Antônio Gomide, de 1918


Antônio Gomide foi um dos grandes nomes da 1ª Geração de artistas modernistas, junto com Cícero Dias, Tarsila do Amaral Anita Malfatti e outros.Nasceu na cidade de Itapetininga, interior do Estado de São Paulo, no dia 03 de agosto de 1895 e morreu na cidade de Ubatuba, litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto de 1967.

Ele pertencia à alta classe média paulista, seu pai, Gabriel Gonçalves Gomide era jurista, e sua mãe, Cherubina Pinheiro Prado Gomide, como quase toda mulher da época, se dedicava às coisas do lar e da família. Antônio Gomide teve mais seis irmãos e uma de suas irmãs, Regina, se casou com um pintor modernista, John Graz.

Antônio Gomide não se dedicou somente à pintura, era também escultor de talento, cenógrafo e professor de artes. Ao contrário da maioria dos artistas da época, também se dedicava aos esportes, lutava boxe, esgrima e praticava natação, seu esporte predileto.

Sua formação artística se iniciou na cidade de Genebra, na Suíça, para onde sua família se mudara no ano de 1913, onde estudou na Academia de Belas Artes de Genebra (1913-1918). Nessa escola teve como mestres, Gillard e o pintor simbolsita Ferdinand Hodler. Foi nessa época que conheceu seu futuro cunhado, John Graz.

Posteriormente, mudou-se para a França, inicialmente para a cidade de Toulousse, no ano de 1922, onde estuda e trabalha com o artista Marcel Lenoir, com quem aprende a técnica do afresco, abordando em suas obras, principalmente temas religiosos.

Ao mudar para Paris, no ano de 1924, cidade em que viveu até o ano de 1926, monta seu ateliê e entra em contato com diversos artistas europeus ligados ao movimento de vanguarda, inclusive Picasso, Braque, Lhote e outros artistas ligados ao cubismo, cuja influência é sensível nas suas obras de então, participando do Salão de Outono e do Salão dos Independentes.

Também convivia com outros artistas brasileiros que viviam em Paris, como o escultor Victor Brecheret (1894 - 1955) e Vicente do Rego Monteiro (1899 - 1970), com eles trocando experiências e formas de ver a arte.

Retornou ao Brasil em 1928, e passa a integrar-se cada vez mais no cenário artístico e político do Brasil, especialmente da cidade de São Paulo, onde vivia. Em 1932, ano da Revolução Constitucionalista, alista-se no exército de São Paulo e neste mesmo ano participa da fundação da Sociedade Pró Arte Moderna e do Clube dos Artistas Modernos, juntamente com Flávio de Carvalho, Carlos Prado e Di Cavalcanti. No período entre as décadas de 1930 e 1940, produziu diveras obras de pintura, tanto aquarelas quanto óleos sobre tela, além de vários afrescos e cartões para vitrais.

Como Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, torna-se socialista e sua arte volta-se, no decorrer dos anos 30, à temática nacional e popular, com ênfase na sensualidade e no ritmo das figuras africanas. Sua pintura percorre os esquemas decorativos cubistas do art déco - como nos cartões de estamparia, nos estudos de painéis e vitrais e na arte religiosa dos anos 20 -, bem como uma fatura expressionista - nas figuras toscas, com ausência de desenho. Além desta participação efetiva na modernidade paulistana, pode ser recordada sua significativa produção de painéis em afrescos e vitrais espalhados pela cidade, mantendo os esquemas estilizados do art déco

Leciona desenho na escolinha do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, entre 1952 e 1954. Suas obras aliam formas abstratas a motivos indígenas ou a composições com paisagens. Na área das artes decorativas, com Regina Graz (1897 - 1973) e John Graz (1891 - 1980), é considerado um dos introdutores do estilo art déco no país.

Nos anos 60, a perda de sua visão o obriga a mudar novamente seu destino como artista. Em uma relutância em abandonar a arte, dedica-se à lecionar, transmitindo para novas gerações a herança modernista. É a escultura, no entanto, que permite o artista a continuar sua produção, apesar da dificuldade em enxergar. Com a visão bastante comprometida, retira-se para Ubatuba, onde vive em reclusão até a sua morte, em 1967.


A inspiração cubista do trabalho inicial de Antonio Gomide se opõe às fases posteriores, caracterizadas por uma abordagem mais espontânea e por um repertório mais diversificado (porém dominado pela figura humana). Atraído de início pelas soluções formalistas , mais tarde tende a dar vazão à sua mentalidade profundamente popular. Se se pode registrar uma certa dispersão nos objetivos de Gomide, do ponto de vista estilístico e psicológico, sua obra é investida de um clima muito pessoal, e que trouxe uma contribuição vital à arte brasileira da primeira metade do século XX.


Por Guilherme Rizzo - 7o B - nº 12


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