Viagem no tempo: Museu do Traje e do Têxtil abriga peças dos séculos 18, 19 e 20

Vestido utilizado pela princesa Isabel na assinatura da Lei Áurea

O Instituto Feminino da Bahia abriga três museus, sendo que um deles – o Museu do Traje e do Têxtil – guarda peças de roupas femininas utilizadas nos séculos 18, 19 e 20. Vestidos, chapéus, jóias, além de vestimentas infantis permitem que os visitantes viagem no tempo. O museu está aberto as segundas-feiras, das 14h às 17h; e de terça a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 17h. A entrada custa R$ 5 e na quinta-feira o visitante colabora apenas com 1 Kg de alimento não perecível.

Uma das peças preciosas, que também pode ser conferida no Museu do Traje e do Têxtil é o vestido que a princesa Isabel usou quando assinou a Lei Áurea e também no juramento como regente do Brasil, em 1871. O vestido foi doado a Henriqueta Catarino por Dom João Orleans de Bragança no dia 5 de março de 1953.

Representação de um quarto infantil no século 19

Para retratar a vida da mulher soteropolitana no início do século 20, é possível encontrar no museu um quarto infantil, nele está a representação da mãe que embala o berço do filho e da mãe que brinca com a filha. Naquele período as mulheres se dedicavam exclusivamente a casa e a família. De acordo com a museóloga, Ana Maria Carvalho de Azevedo, geralmente em casa se usava branco, as meninas com muitas fitas e os meninos com roupas de marinheiro, sempre em tons de azul.

Vestidos utilizados por mucambas também estão expostas no museu. “As escravas comuns que trabalhavam na roça usavam trajes simples de saco, mas as mucambas, que eram aquelas que ficavam dentro de casa, as amas de leite, e também as que acompanhavam as sinhazinhas, essas que temos aqui, utilizavam roupas mais aprimoradas, inclusive tinham muitas jóias porque ganhavam tanto das senhoras como dos senhores”, afirma Ana Maria .

Roupas utilizadas por mucambas no início do século XIX

Instituto Feminino da Bahia – Localizado no centro da cidade de Salvador, o Instituto Feminino da Bahia tem a sua história entrelaçada com a própria história da capital baiana. Construída em 1933 a casa possui uma arquitetura neocolonial, característica dos anos 30. Sua fundadora, Henriqueta Catarino, era uma educadora e feminista que nasceu em 1886, em Feira de Santana.

 

 

Fotos: Sara Gomes